Armamento e Munição

Armas de Fogo e de Treinamento – Definições e Classificações

Existem muitas definições para armas de fogo. Dentre elas podemos escolher a que define que armas de fogo são dispositivos capazes de lançar, a grande distância e com grande energia, carga projetil, em sua maioria metálica, com a finalidade de atingir um determinado alvo, seja para imobilizá-lo ou destruí-lo. O lançamento se dá por meio da rápida expansão do gás produzido pela combustão exotérmica do propulsor químico, após a sua deflagração. Se a pressurização do gás for obtida através da compressão mecânica do gás, e não através da combustão química do propulsor, o armamento é tecnicamente uma arma de ar comprimido e não uma arma de fogo.

As primeiras armas de fogo primitivas se originaram na China do século X, quando tubos de bambu contendo cargas de pólvora eram empregados para o lançamento de esferas metálicas. Constam que dispositivos como esses foram empregados com bom efeito no cerco de De’na, em 1132. No século 13, os chineses introduziram o cano metálico e criaram uma espécie de canhão de mão, por muitos considerado como o ancestral de todas as armas de fogo. A tecnologia se espalhou gradualmente pelo resto do leste e sul da Ásia, Oriente Médio e Europa. As armas de fogo mais antigas costumavam usar pólvora negra como propulsor; as modernas empregam pólvora sem fumaça ou outros propulsores desenvolvidos mais recentemente. A maioria das armas de fogo modernas, com a exceção das espingardas de cano liso, possui canos raiados a fim de imprimir ao projetil um movimento rotacional sobre seu eixo longitudinal e de deslocamento, assegurando maior estabilidade durante o seu deslocamento até o alvo.

As armas de fogo modernas podem ser classificadas pelo calibre do projetil, ou seja, pelo diâmetro interno do cano de lançamento, medido em milímetros ou polegadas, ex.: 7,65mm, 0,357pol. O calibre também pode ser definido por tamanhos padronizados, como por exemplo, as espingardas calibre 12ga. Também podem ser classificadas pelo tipo de ação empregada para prover a carga necessária para o lançamento do projetil, como por exemplo, carregador de boca, carregador de culatra, alavanca, etc. Podem também ser classificadas pela cadência de tiro: repetição, semiautomática, automáticas. Outras classificações podem fazer referência ao tipo de cano usado (estriado ou liso) e ao comprimento do cano (24 polegadas), ao mecanismo de disparo (matchlock, wheellock, flintlock, lock percussion), ao uso pretendido principal do projeto (rifle de caça) ou ao nome comumente aceito para uma variação específica (pistola Gatling).

Para fazê-las funcionar, os atiradores apontam as armas de fogo para seus alvos, buscando um alinhamento entre o prolongamento do cano e o alvo desejado e disparam o percursor que irá deflagrar o cartucho que realizará a propulsão do projetil. Este, por sua vez, será projetado e seguirá a direção de prolongamento do cano por qual passará antes de abandonar a arma. Todavia, por ação da gravidade, o projetil acaba por seguir desviando sua trajetória para baixo, tanto maior conforme for a distância para o alvo, requerendo alguma forma de compensação para que o alvo possa ser corretamente atingido a distâncias maiores. O alcance preciso das pistolas geralmente não excede 110 jardas (100 m), enquanto a maioria dos rifles, por apresentarem cano mais longo e imprimirem maior rotação ao projetil, tem precisão de 550 jardas (500 m). Rifles de precisão são construídos de forma a apresentarem maior precisão, permitindo um alcance útil de mais de 2.200 jardas (2.000 m). Com o tempo, foram sendo desenvolvidos sistemas mais elaborados de precisão, que compensavam o desvio do projetil com a gravidade, de forma a permitir uma adequada pontaria a grandes distâncias.

Em 2018, o Small Arms Survey informou que havia mais de um bilhão de armas pequenas distribuídas globalmente, das quais 857 milhões (cerca de 85%) estavam em mãos de civis. Somente os civis dos EUA detém 393 milhões, cerca de 46% do total mundial de armas de fogo. Isso equivale a cerca de 120 armas de fogo para cada 100 residentes. As forças armadas do mundo controlam algo em torno de 133 milhões, cerca de 13% do total global de armas pequenas, das quais mais de 43% pertencem a dois países: a Federação Russa (30,3 milhões) e a China (27,5 milhões). As agências policiais controlam cerca de 2% (23 milhões) do total global de armas pequenas.

Armas Curtas

As menores e mais comuns armas de fogo são os revólveres e as pistolas semiautomáticas. Os revólveres têm várias câmaras de disparo ou “orifícios de carga” em um cilindro giratório. Cada câmara do cilindro é carregada com um único cartucho. As pistolas semiautomáticas têm uma única câmara de disparo, fixa e usinada na parte traseira do cano e um carregador que municia essa câmara conforme o cartucho anterior é ejetado. À cada pressão no gatilho um cartucho é disparado. A própria energia de expansão dos gases do cartucho é utilizada para alijá-lo o cartucho vazio após o lançamento do projetil e para ativar todo o mecanismo que permite a entrada de um novo cartucho carregado, deixando a pistola pronta para efetuar um novo disparo. Os revólveres de ação dupla, realizam a rotação do tambor com os cartuchos, após a realização do tiro, por meio da energia mecânica fornecida pelo atirador ao acionar o gatilho.

Com a invenção do revólver de tambor, em 1818, as armas de fogo, antes limitadas a um ou dois cartuchos, tornaram-se capazes de realizar vários disparos e se tornaram populares. Projetos de pistola de carregamento automático começaram a aparecer no início da década de 1870 e, ao final da Primeira Guerra Mundial, as pistolas já haviam suplantado amplamente revólveres em aplicações militares. Ao final do século 20, a maioria das armas de mão carregadas regularmente por militares, policiais e civis era semiautomática, embora os revólveres ainda fossem amplamente utilizados. De um modo geral, as forças militares e policiais usam pistolas semiautomáticas devido à sua alta capacidade de munição e capacidade de recarregar rapidamente, simplesmente removendo o carregador vazio e inserindo um novo, completamente carregado, em poucos segundos.

Atualmente, os revólveres são mais comuns entre os caçadores, porque seus cartuchos são geralmente mais poderosos que os cartuchos das pistolas semiautomáticos de calibre semelhante. Também porque os revólveres se mostram mais resistentes, duráveis, de funcionamento e manutenção mais simples, tornando-os adequados para o uso externo, em ambientes mais rústicos. Os revólveres, especialmente nos calibres .22 LR, .38 Special e 357 Magnum, são bastante apreciados por terem dimensões reduzidas, podendo ser portados de forma oculta, quando a legislação assim o permite, além de bastante confiáveis. Podem ser empregados em autodefesa, caça, tiro ao alvo, competições, etc.).

Armas Longas

Uma arma longa é geralmente uma arma de fogo cujo comprimento total seja maior do que o de uma pistola. São projetadas para serem seguradas e disparadas empregando-se as duas mãos ou com o apoio do quadril ou do ombro. As armas longas normalmente têm um cano entre 10 e 30 polegadas. Em algumas jurisdições há uma definição sobre o comprimento mínimo do cano para o enquadramento legal de uma arma como longa. As primeiras armas longas têm sua origem entre o Renascimento e possuíam canos com alma lisa, por onde disparavam esferas. Podiam apresentar capacidade de tiro único ou múltiplo e eram chamadas de mosquetes ou arcabuzes, dependendo do calibre e do mecanismo de disparo.

As armas longas modernas são os rifles e as espingardas. Muito embora, ambos descendam dos mosquetes, apresentam diferenças. Os rifles normalmente apresentam raiamento interno no cano, sendo capazes de imprimir movimento de rotação ao projetil, que, devido ao momento angular, apresenta uma maior resistência a desvios da sua trajetória, permitindo maior precisão a longas distâncias. As espingardas são armas longas que não apresentam esse raiamento, podendo, por isso, disparar projetis de tipos e formas variáveis, como centenas de pequenas esferas. Podem, também, disparar mais de um cartucho ao mesmo tempo. Dado as características dos seus projetis sólidos e aerodinâmicos, muito embora apresentem maior precisão e alcance, os rifles proporcionam uma área de impacto muito pequena.

Já as espingardas projetam cargas que proporcionam uma área de impacto maior, porém com alcance e precisão consideravelmente menores. No entanto, a maior área de impacto pode compensar a precisão reduzida, uma vez que o tiro se espalha durante o voo. Consequentemente as espingardas apresentam seu maior emprego na caça, em especial contra alvos aéreos. As espingardas são comumente usadas para caçar ou para defesa de propriedade (casa, fazenda ou local de trabalho), onde os alvos se encontram à curta distância e a certeza de que o alvo seja atingido e imobilizado é necessária.

Rifles Automáticos

Um rifle automático é uma arma de fogo alimentada por um conjunto similar ao de uma pistola automática, empunhada por um único soldado de infantaria, com capacidade de disparo manual (repetição) ou automática. O fuzil automático Browning M1918 foi a primeira arma de infantaria americana desse tipo e geralmente era usado para prover apoio de fogo, papel agora preenchido pelas metralhadoras leves. Outros rifles automáticos iniciais incluem o Fedorov Avtomat e o rifle automático Huot. Mais tarde, as forças alemãs colocaram o Sturmgewehr 44, durante a Segunda Guerra Mundial. Esse projeto se tornaria a base do rifle de assalto.

Rifles de Batalha

Os rifles de batalha são outro subtipo de rifle, geralmente definido como rifles de fogo seletivos que usam cartuchos de elevada potência, exemplos dos quais incluem a OTAN 7.62x51mm, Mauser 7.92x57mm e 7.62x54mmR. Se destinam a atender propósitos semelhantes aos dos rifles de assalto, já que ambos costumam ser empregados pela infantaria terrestre. No entanto, alguns preferem rifles de batalha devido ao seu cartucho mais poderoso, apesar do potente recuo adicional. Alguns rifles de precisão semiautomáticos são configurados a partir de rifles de batalha.

Rifles de Assalto

Na Segunda Guerra Mundial, a Alemanha introduziu o STG 44 e criando a classe de armas de fogo mais amplamente adotada pelos militares, o fuzil de assalto. Um rifle de assalto é geralmente pouco menor que um rifle automático, como o americano M14. Mas as principais diferenças que definem um rifle de assalto são a capacidade de seleção de cadência de tiro e o emprego de munição de calibres menores do que os antigos rifles de batalha, que empregavam munição de elevado calibre e potência.

O engenheiro soviético Mikhail Kalashnikov adaptou rapidamente o conceito alemão, empregando um cartucho menor, o 7,62×39mm, derivado do rifle de combate russo, padrão 7.62×54mm, para produzir o AK-47. Logo após a Segunda Guerra Mundial, o fuzil automático Kalashnikov AK-47, pela sua leveza, elevadíssima confiabilidade operacional sob condições adversas do terreno e do clima, começou a ser empregado como armamento padrão das forças militares da União Soviética e de seus aliados no bloco oriental do Pacto de Varsóvia, bem como por outras nações do hemisfério oriental, tais como China, Coréia do Norte e Vietnã do Norte. Dado ao seu baixo custo de fabricação, foram muito empregados por tropas de guerrilha e de guerras de libertação da África e do Oriente médio, se tornando o rifle de assalto mais produzido do planeta.

Variantes do M16 e do AK-47 ainda hoje são amplamente utilizadas internacionalmente, embora outros modelos de rifles automáticos tenham sido introduzidos desde então. Uma versão menor do M16A2, a carabina M4, é amplamente usada pelas equipes de tanques e veículos blindados dos EUA e da OTAN. O IMI Galil, projetado por Israel, baseado no AK-47, está sendo usada por forças militares de Israel, Itália, Birmânia, Filipinas, Peru e Colômbia. A Swiss Arms of Switzerland produz o fuzil de assalto SIG SG 550, também usado pela França, Chile e Espanha, entre outros. E Steyr Mannlicher produz o AUG, em uso na Áustria, Austrália, Nova Zelândia, Irlanda e Arábia Saudita, entre outras nações. Os requisitos modernos exigem armas compactas, sem perda do poder de fogo.

Rifles de Precisão

A definição de um rifle de precisão pode variar de especialista para especialista. No entanto, podemos citar algumas características típicas dos rifles de precisão, empregados por atiradores de elite. Geralmente apresentam capacidade de operar com munição de alta potência, funcionamento semiautomático, com ferrolho, longo alcance e elevada precisão. Suas características podem variar conforme o emprego e um rifle de precisão para a polícia pode diferir nas especificações de um rifle de precisão para emprego militar.

Os franco-atiradores da polícia geralmente não atingem alvos a distâncias extremas, mas sim alvos à distância média, podendo, inclusive se somarem a alvos a curta distância, requerendo essa flexibilidade de alcance. Os modelos policiais normalmente requerem menor tamanho e maior portabilidade. Por outro lado, os rifles de precisão para emprego militar normalmente utilizam cartuchos de maior potência, capazes de perfurar blindagens ou estruturas de proteção de espessura média.

Também devem ser capazes de alcançar alvos à longa distância com máxima precisão. No geral, as unidades de atiradores de elite, tropa que empregam os rifles de precisão, não tinham maior destaque até a Primeira Guerra Mundial, quando os alemães mostraram sua utilidade no campo de batalha.

Desde então, eles se tornaram parte importante da estrutura de guerra. Como exemplos de rifles de precisão, podemos citar o Accuracy International AWM, o Sako TRG-42 e o CheyTac M200. Dentre os cartuchos empregados por rifles de precisão, incluem-se os projetis .338 Lapua Magnum, o .300 Winchester Magnum e o .408 CheyTac.

Metralhadoras

Uma metralhadora é uma arma longa, totalmente automática, geralmente separada de outras classes de armas automáticas pelo uso de munição alimentada por cinta, embora alguns modelos usem tambores, panelas ou caçambas. De calibre geralmente baseado nos dos rifles, variando entre 5,56mm OTAN, para uma metralhadora leve, até 0,50 BMG para modelos pesados, embarcadas em veículos ou aeronaves.

Embora só venha a ter o seu emprego difundido com a chegada da Primeira Guerra Mundial, as primeiras metralhadoras já eram usadas por forças militares na segunda metade do século XIX. O arsenal dos EUA, durante o século 20, incluiu a metralhadora pesada M2 Browning .50, a metralhadora média M1919 Browning .30 e a metralhadora M60 de uso geral da OTAN 7.62 × 51mm, esta última muito usada durante a Guerra do Vietnã.

As metralhadoras desse tipo eram originalmente armas defensivas, que requeriam um tripé e eram operadas por pelo menos dois homens, por conta das dificuldades para movê-las, posicioná-las e municia-las.

Em contraste, as modernas metralhadoras leves, como a FN Minimi, são operadas por um único homem e dispõe de grande capacidade de munição e alta cadência de tiro. Leves, são normalmente empregadas em movimento, durante o avanço das tropas. A precisão das metralhadoras varia de acordo com um grande número de fatores, do projeto às tolerâncias de fabricação, a maioria dos quais vem sendo aprimorados ao longo do tempo.

Submetralhadoras

Uma submetralhadora é uma arma de fogo automática, de porte pequeno, com capacidade de disparar munição normalmente empregadas em pistolas automáticas, com elevada cadência de tiro. Entre os modelos existentes podemos citar a Skorpion Vz 61, a MAC-10 e a Glock 18, as israelenses Uzi e Heckler & Koch MP5, que usam o cartucho Parabellum 9×19mm, e a submetralhadora americana Thompson, que dispara munição no calibre .45 ACP.

Devido ao seu tamanho pequeno e à penetração limitada da munição empregada, quando comparada à munição de alta potência das metralhadoras, são geralmente empregadas por forças militares, paramilitares e policiais para o enfrentamento de opositores a curta distância e em locais confinados.

Airsoft

O Airsoft ou Softair é um jogo tático onde os vários jogadores se reúnem para participar de um combate militar ou policial simulado, empregando simulacros de armas que atiram projetis plásticos não-letais. Foi criado no Japão, na década de 1970, a partir da necessidade de se criarem imitações de armas reais para colecionadores e para a indústria cinematográfica.

Com o tempo, a prática dessas batalhas simuladas foi ganhando mais interessados e o esporte e seus equipamentos se desenvolvendo, sendo hoje praticado em praticamente todos os países e as “armas” empregadas desenvolvidas de forma a cada vez apresentarem mais recursos e similaridade com as armas de fogo reais. O sistema empregado para lançamento da munição opera por meio de gás pressurizado, mola ou propulsão elétrica.

No Brasil, o Airsoft começou a ser divulgado em 2003, pelo Portal Airsoft Brasil. Após diversas reuniões com a Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados, o Airsoft passou a ser reconhecido pela Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados – órgão do governo brasileiro que regula os produtos controlados no país. Essas reuniões deram origem a minutas que resultaram na atual edição da portaria que oficialmente regula o assunto.

Sendo assim, em dezembro de 2007, foi lançada a Portaria Nº 006-D LOG, que regulamenta o uso dos equipamentos usadas na prática do esporte Airsoft no Brasil. Em fevereiro de 2010, o Exército Brasileiro publicou a Portaria 002 CO-LOG, que revogou a portaria anterior e passou a exigir que as armas de Airsoft de pressão tenham a extremidade pintada de laranja ou vermelho vivo para diferenciá-las das armas de fogo real, dada a aparência daquelas ser cada dia maior com a das armas reais. Graças a portaria e ao aparecimento de lojas nacionais, a comunidade dos jogadores está cada vez mais ativa e crescente e o esporte tem sido mais divulgado, já contando com milhares de jogadores.

Tecnicamente, no Brasil, armas de Airsoft são classificadas pelo Exército como “armas de pressão” sejam elas por ação de mola ou de gás. A aquisição das armas pode ser feita por pessoa maior de 18 anos em lojas autorizadas pelo Exército. Para armas a gás exige-se, um registro adicional do comprador perante o Exército, chamado de “CR” (certificado de registro). Portanto, no Brasil não é correto chamar as armas de Airsoft de simulacros nem de marcadores, posto que simulacros não têm capacidade de tiro, e marcadores não possuem definição legal em lei. Em 05 de junho de 2017, a portaria nº 56 COLOG decreta o fim da obrigatoriedade de CR para aquisição de armas de pressão de gás (GBB).

A comunidade de jogadores é bastante ativa e a grande maioria dos grupos exige que o jogador apresente nota fiscal de loja devidamente autorizada pelo Exército para poder jogar, inibindo assim o descaminho e importação ilegal de tais armas, prática que tornou possível o desenvolvimento sadio da modalidade, com a presença no País de diversas lojas regularizadas para a venda de armas de Airsoft, e insumos para os jogadores. Em praticamente uma década de atividades não se tem notícia de nenhum acidente grave envolvendo jogadores no Brasil, observando-se a recomendação obrigatória de uso de óculos de proteção. Alguns jogadores preferem utilizar uma máscara para proteger toda a face.

Paintball

O Paintball é também um jogo tático, aos moldes do Airsoft, todavia empregando munição carregada de tinta de forma a marcar o adversário atingido. As armas empregadas, também chamadas de marcadores, empregam um cilindro de gás comprimido (Nitrogênio ou CO2) para fazerem o disparo da munição. O Paintball surgiu nos meados da década de 1960, quando Charles Nelson criou uma espécie de pistola que disparava esferas com tinta para serem utilizadas por guardas florestais para marcarem árvores que deveriam ser derrubadas. Poucos anos depois, a prática se desenvolveu como esporte e no final da década de 1980, foi trazido para o Brasil, ganhando milhares de adeptos em todo o país.

A maioria das armas de Paintball dispõe de um receptáculo onde são armazenados os muitos cartuchos, o que acaba dando uma aparência estranha, as distanciando, em termos de aparência, das armas reais e mesmo das armas de Airsoft. Os seguintes acessórios podem ser adquiridos e instalados nas armas empregadas no Airsoft, para se obter uma maior realidade: lunetas, reddots, grips, lanternas. Esses acessórios normalmente não são empregados nos marcadores de Paintball.

Ambos os esportes requererem que os praticantes utilizem equipamentos de proteção individual, em especial na cabeça e rosto, normalmente capacetes com visores plásticos, com resistência adequada de forma a não se danificarem com o impacto das munições empregadas.

No Airsoft, os jogadores costumam utilizar uniformes militares ou policiais com vários padrões de camuflagem (Woodland, MultiCam, ACU, A-TACS FG, A-TACS AU, MARPAT, Desert, Digital Urban, etc.). Já o paintball requer que as roupas, além de possuírem padrões de camuflagem, sejam feitas de tecido que permita a fácil remoção da tinta por lavagem.

As missões ou partidas de Airsoft podem ser de meio turno, um dia inteiro ou até mais. Há jogos com duração superior a 72 horas, onde os jogadores dormem em acampamentos e fazem suas refeições no próprio “teatro de operações”, podendo ser realizado em ambiente que simulam matas, descampados ou situações urbanas. O objetivo pode ser tanto eliminar todos os jogadores adversários como cada equipe buscar a bandeira do adversário e trazê-la para seu campo. Nesse tipo de missão, as duas equipes atuam de forma ofensiva, quanto à busca e tomada da bandeira adversária, como defensiva, na proteção de sua própria bandeira.

Ações de inserção, tocaia, emboscada e muitas outras podem ser empregadas, como se fosse uma guerra real, respeitando, sempre, a integridade física e moral de todos os participantes. Um jogador atingido e morto, poderá ser trazido à vida por um “médico”, ou após um determinado tempo, conforme as regras estabelecidas e voltar a participar do jogo. MilSim, abreviatura, em inglês, de simulação militar, é a forma de jogo mais utilizada no Airsoft. Os lados dos jogadores são escolhidos por uniforme ou identificados por fitas adesivas.

Os jogos são baseados em uma história criada ou em fatos que já se ocorreram na história mundial. Essas partidas podem ter mais de 100 jogadores e durar vários dias e noites e incluem médicos, químicos, aldeões, mercenários, bandidos, terroristas, reféns, entre muitas outras categorias que dependerão apenas da imaginação dos criadores da operação.

Tanto o Airsoft como o Paintball são modalidades aprovadas e regulamentadas pela Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados e fiscalizadas pelo Exército Brasileiro. Para adquirir equipamentos de lançamento elétrico ou por mola o comprador deve apenas ser maior de 18 anos. É necessário que a ponta de cada réplica seja mantida pintada de vermelho ou laranja vivo e transportá-las sempre acompanhadas da nota fiscal de compra.

Armas de Airsoft – Essas armas são normalmente construídas em escala de 1:1 ou, eventualmente, em escala de ¾, para os modelos mini. Entre os materiais empregados para sua fabricação estão o metal, o plástico (ABS) e a madeira.

Os projetis podem ser de calibre 6 ou 8mm, pesando entre 120 e 600 miligramas. No Brasil, o calibre das armas de Airsoft está limitado a 6mm, conforme determinação do Exército Brasileiro.

A propulsão da arma pode ser através de molas (springs), mecanismos eléctricos (AEG) ou gás comprimido (GBB), incluindo gás propano ou green gas, cápsulas de CO2, ar comprimido, gás refrigerante HFC134. Algumas armas podem funcionar com HPA (High Pressure Air) como algumas armas de Paintball. A velocidade do disparo varia, tipicamente, de 200 até 600fps (pés por segundo), sendo que no Brasil é aplicado, comumente, o limite de 400fps, com munição 0.20g. Os disparos nesta velocidade podem ser sentidos pelos jogadores, mas não causam ferimentos.

 A dor é equivalente a um “beliscão”, tipicamente menor que outras modalidades, como o também popular paintball. As esferas plásticas não possuem tinta em seu interior e a pontuação é balizada pelo sistema de honra, sendo cada jogador responsável por acusar quando atingido.

Acessórios para o Tiro

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